sábado, 28 de novembro de 2009

Coconut.

"Não adianta nada fingir ser duas pessoas! Ora, mal sobra alguma coisa de mim para fazer uma pessoa apresentável!" - Alice, aquela das Maravilhas...


Eu não gosto de olhar para determinadas situações e rotulá-las de qualquer adjetivo que seja.
Saber que algumas estão para se acabar, me conforta demais. Aquele trabalho finalizado me deixou mais leve, bem mais leve.
Agora...

Poder divagar sobre qual será a próxima nova aventura me assusta (ou seria me amedontra?).

Pode ter certeza... Como os dias lá fora sempre me dão surpresas, posso esperar de tudo. Nem fico muito preso em algumas coisas por isso. Sempre vem algo de fora e “boom”!
Não tenho muito controle.
Acho que essa é a graça.

Esse fim de ano meio que está sendo parte de um processo de rever coisas de todas as coisas. Meio que um retrocesso... daqueles que todos nós fazemos para o crescimento de sabe-se lá quantas e quantas coisas do dia-a-dia que aparecerá daqui para frente.

He came back one day and... Told me stories that I now dream of... Oh oh oh oh

Ando falando mais com os bonecos do que com os outros.
Criei até um que é a minha personificação inanimada.

Ela fala muito mais por mim do que eu mesmo. Do que muita gente...

Quem dera eu ser o ator-manipulador de tantas coisas lá fora... quem dera!
Quem dera ter controle sobre mim.
Mas não.

Melhor assim...



(PS: E não adianta mesmo Alice... é melhor ser um só... rs...)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

C'est ma fête!

Meus pais pela primeira vez estão aqui em Londrina.

Muita coisa para mostrar:

O Lago.
A Catedral.
A UEL.
O Flávio ator.
A cidade toda.
Algumas coisas implícitas do meu dia-a-dia que eles não sabem.

Acredito que amanhã será o grande dia. O dia de contar alguns fatos. A presença de alguém ao meu lado.
O “quando eu crescer” não funciona mais. Agora está na hora de manter o solo úmido, colocar os pepinos sobre os olhos e esperar para que tudo dê certo.

30 dias para minha prática de TCC.
11 dias para a entrega do meu TCC.
7 dias para corrigir todo o trabalho.
5 dias para uma prova chata de Interpretação.
4 dias para nunca mais pensar em Montagem.
1 dia para contar aos meus pais sobre ele.
2 horas para ver a última estréia dos amigos de sala.
1 minuto para eu decidir o que eu faço da vida.

Ah! Essa vida de festa.





(PS: To much time spent on nothing... waiting for a moment to arise!)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ovelha.

Hoje é um dia diferente.

Sonhei com uma carta com uma Lua crescente. Um amigo meu fez uma piada de mau gosto comigo sobre isso. Respondi que quando a Lua estivesse cheia então faria o necessário. Uma mulher riu.



Mais um daqueles sonhos que eu tenho que interpretar. Que eu tenho que buscar pela resposta porque eu sei que ela é alguma chave; ou mais uma chave.

Alguém já se deparou que tudo isso, o dia-a-dia lá fora, poderia apenas ser um sonho (com duração extra large) e que a qualquer momento você poderá acordar e o pesadelo todo já teria passado?
Eu penso todos os dias nisso.
Não. Não estou falando que viver este “sonho” é ruim. Sabemos que não é.
Só afoga.
Afoga dias sim; dias não. Fantasia. Você fantasia. Querem.


Eu acordo. Olho para o lado e vejo o sorriso.
Descubro que a real fantasia somente está lá fora. Com você não existe fantasia.
É real.
Dá suas mãos e penso: “poderia eu fechar os olhos e ficar aqui para sempre?”.

Não.
Eu tenho que bater sua linhaça.
Tomar meu iogurte.
Ir pra UEL.
Dar um beijo de “nos vemos a noite”.


Mais um dia cheio!
Sem você, o dia fica cheio. (E pelo visto, ando entendendo minhas insônias, mesmo ao seu lado).
Preciso logo da Lua Cheia...




(PS: Ouvindo "Fantasy" do XX)

domingo, 1 de novembro de 2009

Objeto sozinho.

"Mais uma vez estamos aqui reunidos para essa consagração ao/para o reino dos céus!"


Sinto que preciso voltar a ir as missas de Domingo. Minha Estréia (Sobre o Teorema ou a Solidão do Objeto) se dará nesta sexta-feira (dia 06 de nov.), em frente ao SESC Londrina (às 21 hr). É todo um blábláblá (sem falas) que nos move diretamente dentro de uma história rotineira (dia-a-dia mesmo) de pessoas (7) que falam sobre desolações soturnas e mitos de Orfeu/Orpheu e Lilith (na cabeça do diretor e só), evidenciando uma dramaturgia rica (só na cabeça do diretor também, porque dramaturgia FAIL), com corpos sobrepostos às alturas (com movimentos decupados evidenciando somente movimentos, sem muita estrutura com sentido).
Mas o fato é que há o risco. Há sentimento. Sentimento de medo de não cair de lá de cima. Da cadeirinha (o que segura a gente a metros de altura) não arrebentar ou abrir do nada (como aconteceu estranhamente com a Lais e Ana).
Meu mapa astral já dizia: “A partir do dia 18 de agosto de 2009, por favor, evitar alturas”.

Andei sonhando coisas estranhas e ontem tive um dejà-vu de que algo está para acontecer. Sim estou com medo. Medo de ficarmos cegos e na hora não vermos se todo o equipamento estará seguro suficiente para prosseguir... on and on and on...

Nota 0.8 no TCC desse bimestre. No Natura. No ensaios perfeitos. No orientadora. Uma zona. Uma confusão! E nem precisa de muita explicação. E nem adianta vir tirar “bullshits” da minha cabeça porque ainda não há como.

Gosto sim do espetáculo. Não é todo dia que se vê 7 pessoas penduradas em uma corda na fachada dos prédios da cidade. Não é todo dia que se vê algo esteticamente calado, frio, como mesmo o concreto daqueles pilares.
As insônias voltaram a assombrar. Por isso falo tanto em Karin. Falo tanto em coisas soturnas.
Mas mesmo não parecendo, meus dias andam muito coloridos... aquela caixa que você abre com luzes e música; e você sendo acordado no dia seguinte com beijos e sorriso de “Bom Dia” (tenho sorte de tê-lo ao meu lado e aprendo a amar um pouco mais a cada manhã).


Se eu morrer, caindo lá de cima (que não seja quando meus pais virem me ver), espero que seja rápido, tranqüilo e sem muita sujeira.
Falo das caminhadas triangulares.
Falo do amor que sinto por alguém.
Falo das infelicidades humanas.
Falo do quão bom (ruim) será minha montagem.

Só assistindo (fazendo) pra saber.


(PS: Que Deus proteja todos nós... e isso é sério... AMÉM).