quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Berries.

Karin Dreijer nunca esteve enganada.
Faz música daquilo que poucos se sujeitam a falar, experimentar e por “no alvorecer” dos dias... entram aqueles sons densos e sombrios para remanejar os sentidos. Fala da verdade que escondem.
Entra o dejà-vu, mas não sei se concordo diretamente com a desolação. Dela.
Entra aquela batida seguida da frase: “Se eu tivesse um coração eu poderia te amar / Se eu tivesse uma voz, eu poderia cantar”... e parece que o som conseqüente não termina e você se pergunta se aquilo realmente faz sentido. Faz.
Esses dias sonhei com um senhor alto e velho, exorcizando uma criança nua de ponta cabeça e de braços abertos (com um clima a la “Seven”). Confusamente Karin canta coisas assim.
Mas não sou o tipo de pessoa que decifra sonhos. Dos outros talvez. Os meus dificilmente.

Quando a gente termina um ciclo ou fase ou só o curso de graduação mesmo, algumas palavras tomam um percurso diferente. E algumas idéias não andam de acordo com sua vontade. Assim tudo parece mais denso e sem sentido.
Nem costuma ser os posts equivalentes aos descontraídos anteriormente.
Talvez eu esteja tenso demais.

Mais Karin Dreijer Andersson (Fever Ray / The Knife) a todos!
E uma bicicleta pra mim! (to leave this home).


(PS: I'm sucking on all the berries...)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Limite.

Não há mais motivos para que tudo seja perfeito ou para que todas as pessoas ameacem ser sua confidente. Não há maneiras de agradar a todos. Com o tempo você haverá de achar o seu canto. Encontrar suas coisas e harmonizar a sua vida. Os outros não farão isso.
Encontrar equilíbrio no meio do comportamento humano não é simples. Não há bússola que te ajude e a convivência com suas diferenças cresce supostamente na velocidade da luz.
O que não me agrada, me incomoda. E faz as pontas dos meus dedos das minhas mãos ficarem trêmulas e geladas. Na maioria das vezes não sei como agir.
Coloco um bilhete? Pra quê? Descobri que no final das contas a pessoa amassa esse bilhete na sua frente e fica enfurecida.
Ok.
Não encontraremos todos os equilíbrios com todas as pessoas que você encontrar por aí. Basta no final você deixá-la partir.
Claro, não estou me julgando o "correto" porque sei que não sou.
Mas desequilibrado talvez nunca tenha sido.
Enfim.
Cada um sabe de si e sim, não nos damos bem com todos.
É uma pena.
Está na hora mesmo de achar que não são todos que se salvam, nem aqueles que você julgava ser tão amigo. Nem a ti mesmo. Nem a mim mesmo.

E falo tudo isso como se eu tivesse descoberto uma galáxia nova. Nem é.
Nem ri.
É a natureza humana (vulgo futuro ex-guri tonto decepcionante do interior que acreditava naquelas coisas de humanos).
Chega.
I've come till' the borderline. Good-bye.



(PS: É melhor assim. Deixe seu recado após o sinal... beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeep)