terça-feira, 26 de julho de 2011

Cosmogonia

Em algum tipo de manifesto de pensamentos, criou-se o diálogo:





- Por que atrelar esta tua fase de gene dominante sem vínculos mútuos?

Porque me falta tato.


- Mas, se você não quer vínculos, falta tato para lidar com o que?

Com um universo em mim, (in)explorado.
É coisa demais para não se dividir. Para ficar só comigo.


- Desde que não haja um buraco negro sugando tudo... ou supernovas colidindo umas com as outras.

Colidir? Supernovas não se formam em uma colisão, mas explodem em um final de ciclo.
É por causa de muitas supernovas que existem tantos sóis novos por ai.
Sóis novos criam novos mundos.
E assim nos adaptamos, como vírus.
Deslizamos placas tectônicas sobre o peito. Colidimos continentes.
Mostramos todo o universo lá de fora, daqui de dentro, através dos olhos. Nossos olhos são um pedaço de toda esta criação.




Somos sóis, supernovas, buracos negros. Somos reformulações paralelas dentro de outros universos.
Tenho certeza de que cada um é um mundo grande demais para não ser explorado. Grande demais para ficar só.





(Temo)s um universo inteiro - sempre - para dividir com alguém.

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