segunda-feira, 25 de julho de 2011

The Beast

Reis de ouros e rainhas se levantaram. Aclamaram. Aplaudiram.
Sorrisos eloquentes, zunidos e danças elegantes acompanhavam os passos de uma fera. Uma grande festa tomou conta do palacete. Quis dançar em meio a todos.



Anos atrás conheci uma fera. Maldições os rodeava feito satélites de plutão. Frio, comum as solitutes soturnas que o rondava.
Anos atrás descobri que a mesma fera sorria. E o mesmo sorriso abriu-se em um beijo.

Juntos, vimos tantas estrelas dançarem... e no tom daquele oceano, mergulhávamos.

E descobri que, dentro de cada estrela, de tudo lá em cima que brilhava, eram simples partes de nós mesmos. Nós éramos simples partes de lá.
Para a fera, mostrei que, dentro daqueles olhos claros, reluzia um pedaço de todo o universo.
E.
Nem tanto tempo assim se passou... e aquele pedaço de universo se esvaiu.
Não havia mais os holofotes vindos do céu.
E tudo se culminou numa metáfora demasiadamente sem sentido.


 A festa continuou no palacete. Uma nova fera apareceu. Mas os novos olhos claros já tinham dono.  
Aquele universo reluzia os olhos escuros de outro universo.      



Deixei o lugar antes das palmas terminarem...
E desde quando acredito em contos de fadas?




(PS: may i, can i or have i too often craving miracles?)

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