domingo, 9 de agosto de 2009

Like a princess.

Esporadicamente eu trabalho com recreação infantil.

Às vezes como homem aranha.
Às vezes como o leão Romião (medroso).
Às vezes como o tio do tobogã.

E ando percebendo algumas reações, alguns comportamentos de classes.

As classes são dividas em A, C e E. E as piores (ficam empatadas) são as classes A e E.
Por alguns fatores:
Em um aniversário, que eu fui ser o Romião, o pai havia gastado 15 mil reais (sim, quinze mil contos de réis) numa festa de aniversário para uma criança de apenas 1 ano.
E 90% das crianças que se encontravam ali eram todas muito mal educadas (e nem vou contar a parte que puxavam o meu rabo).
Crianças chatas e que já não tem o controle do que querem e que não aceitam (jamais) ouvir um não como resposta.
A disputa (iguais aos animais) está evidente entre todas elas.
Iguais aos da classe E. Não têm controle de nada e atropelam tudo, desesperadas pelo bolo (que jamais vira antes tanto chocolate a sua frente).
E a diferença entre a classe A e E estão apenas no bolso, pois a educação é relativamente igual.
DESCONTROLADA.
O aniversariante geralmente me bate (nos bate) e nunca dá muita bola para os outros colegas presentes.
E nesse "furdunçu" todo, os pais estão ali, como pavões a mostra para ver quem tem as penas mais brilhantes.
Patético.
Marasmo.

Ontem foi diferente. Fui fazer animação em um aniversário de uma menininha de classe C. Nem muito rica, nem muito pobre.
Ela, com seu vestidinho simples de princesa, veio até mim e perguntou muito tranquila:
"Posso entrar no tobogã?"
Eu sorri e respondi: "Mas é claro. Só temos que tirar seus sapatinhos!" - respondi um tanto quanto bicha demais por achar que ela estava uma graça (hohoho).
Antes ela me cutucou e falou:
"Você poderia, por favor, me ajudar a tirá-los?"

Enfim. Foi à primeira vez que ouvi uma criança pedir por favor para mim e com um sorriso no rosto.
E ela se divertiu pakas!!! Mesmo só tendo 2 brinquedos (não os 400 das outras festas)...
E terminou a festa como uma mocinha super fofa (mostrando literalmente porque ela estava vestida de princesa).

Breguices à parte... voltei com os meus trintinha em mãos, feliz por saber que sim, eu vou ser um pai diferente dos outros.
E as festas dadas serão para o meu filho. Ah! E claro...
Sem me preocupar com esses outros (chatos) detalhes.








(PS: Eu já disse que sempre quis dar uns petelecos nas cabeças dessas princesinhas metidas a besta!? Hahahahaha)

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